Câmara Municipal de Gaia

O Santuário Diocesano do Monte da Virgem Imaculada recebeu, a 5 de julho, a apresentação da proposta de intervenção arquitetónica e urbanística para o local. O projeto visa a revitalização do Monte da Virgem, assumindo-o como um grande centro de peregrinação mariana a par com um conjunto de valências participantes na transformação digna e equilibrada de toda área, tendo em conta as exigências dos novos tempos, dos novos espaços e das novas medidas.  

O momento contou com a presença de Eduardo Vítor Rodrigues, presidente do Município de Vila Nova de Gaia, que realçou a necessidade do compromisso, como também o desafio de existirem, a partir deste momento, críticas construtivas. "O Santuário não tem tempo de vida, mas no nosso tempo de vida temos de acreditar e ajudar este projeto, pois esta é uma obra de todos”, afirmou, acrescentando que a autarquia fará tudo o que está ao seu alcance.

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Da proposta apresentada, destacam-se as seguintes alterações: 

- Concretização do traçado definitivo da rua da Confraria, numa extensão de 224 metros. O arruamento será devidamente infraestruturado e o passeio dotado de equipamento urbano de apoio;

- Constituição de um espaço de entrega no início da rua da Confraria. Será implementado um painel vertical em granito, anunciador do peso do equipamento religioso, contrapondo-lhe a leveza de uma caixa de luz;

- Aproveitamento da plataforma horizontal existente em frente ao edifício da Radiodifusão Portuguesa (RDP) e área contígua ao topo poente da rua panorâmica do Monte da Virgem para parque de estacionamento, sobretudo para autocarros, com capacidade previsível de 40 lugares; 

- Intervenções no parque de merendas - demolir a conhecida casa do poço; recuperar e valorizar os bancos corridos existentes, prolongando-os até à parcela da Radiodifusão Portuguesa, introduzindo um novo modelo de bancos e mesas no espaço arborizado; intervir nas zonas de churrasco, assegurando uma melhor funcionalidade; valorizar os pontos de abastecimento de água, entre outras.

Relativamente ao património edificado, nomeadamente as instalações sanitárias, café e restaurante, e edifício multifuncional com dois pisos, nesta primeira fase, a intervenção será feita ao nível das fachadas, para uniformizar. 

As diretrizes em relação ao recinto do santuário são as seguintes: eliminar ou minimizar os elementos formais perturbadores  que são obstáculo à leitura harmoniosa do espaço; eliminar a construção do tocheiro das velas para um espaço com menos impacto, enquadrando-o numa área entre a capela e o parque das merendas; cobrir os depósitos de água com estrutura metálica; eliminar toda a sinalética dispersa e sem critério; estudar iluminação adequada; diligenciar com a entidade responsável para fazer obras de recuperação do marco geodésico; construir colunata na delimitação norte, nascente e sul do recinto com o mínimo de elementos de apoio, transmitindo leveza e elevação; definir pórtico de entrada no topo norte da alameda; definir um painel artístico cultural-religioso na relação imediata com o pórtico propício à divulgação de mensagens; manter a arborização existente no recinto como fator de humanização; definir uma linha orientadora para a capela, introduzindo uma filosofia interventiva caraterizada por: linha arbórea tipo ciprestes, representando os dez mandamentos; assinalar os nove mistérios da igreja católica, representado por repuxos de água; implantar um banco corrido como auxiliar de reflexão; a faixa de promessas terá a particularidade do término norte se elevar do chão, dando a ideia de que se entrou num patamar de elevação.

A próxima etapa consiste na elaboração dos projetos definitivos em articulação com os técnicos das especialidades, visando a concretização da obra conforme prioridades que venham a ser estabelecidas. Da parte da Câmara Municipal de Gaia, continuará a existir o apoio técnico necessário, contribuindo para que o santuário amplie o estatuto para referência nacional.