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Cuide da sua saúde: rastreie-se!
Notícias e Destaques 26 Jul 2022 Cuide da sua saúde: rastreie-se! Cancro do cólon e reto é o mais mortal em Portugal
 
Em Portugal, a incidência de cancro nos últimos anos tem sofrido um aumento constante, numa taxa de cerca de 3% ao ano. O cancro do cólon e reto, ocupa, no nosso país o primeiro lugar em termos de mortalidade por cancro e é o segundo cancro mais frequente nas mulheres, depois do cancro da mama, e o segundo cancro mais frequente nos homens, depois do cancro da próstata. São mais de 10 mil novos casos por ano e cerca de 11 mortes por dia.

Segundo evidência científica, a presença de determinados fatores de risco aumenta a probabilidade de desenvolver cancro do cólon e reto: idade, presença de pólipos no cólon e reto, história familiar deste tipo de cancro, alterações genéticas, história pessoal de cancro do cólon e reto, doença de Crohn ou colite ulcerosa, dieta rica em gorduras e pobre em fruta e vegetais e tabagismo. Como principais zeladores da nossa saúde, devemos estar atentos aos sinais e sintomas mais comuns deste cancro, como diarreia, obstipação (prisão de ventre) ou sensação de que o intestino não esvazia completamente, presença de sangue (vermelho vivo ou muito escuro) nas fezes, desconforto abdominal generalizado (dores de gases, inchaço, enfartamento e/ou cãibras), perda de peso inexplicada, cansaço constante, náuseas e vómitos. Geralmente, as fases iniciais do cancro não causam dor. Na presença de algum destes sintomas, não aguarde até sentir dor para se aconselhar com um profissional de saúde.

Entidades como a Liga Portuguesa contra o Cancro e a Sociedade Portuguesa de Endoscopia Digestiva alertam regularmente a população para a atenção que deve ser dada ao combate a esta doença. Face à necessidade de deteção precoce desta neoplasia, em 2008 surgiu o Programa de Rastreio do Cancro do Cólon e Reto, que consiste na pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) a cada dois anos. Caso a PSOF seja positiva, o utente é indicado para o hospital, para a realização de uma colonoscopia complementar. Após execução da colonoscopia, é orientado para vigilância clínica.

O propósito daquele programa é facilitar o rastreio gratuito da população alvo elegível, ou seja, abranger os utentes dos 50 aos 74 anos de ambos os sexos, inscritos nas unidades de cuidados de saúde primários. Para a realização do rastreio, é enviada uma carta convite, juntamente com um panfleto informativo e o tubo de colheita da amostra. Após a recolha em casa, o utente deve entregar a amostra na sua Unidade de Saúde no dia seguinte. Os resultados são disponibilizados aos utentes por carta e ao médico de família através de uma plataforma informática.

Tenho entre 50 e 74 anos, não sou convocado para o rastreio há mais de dois anos. O que devo fazer?
Numa consulta programada com o seu enfermeiro ou médico de família aborde esta questão. Se apresentar critérios, será emitida a prescrição para realizar o teste PSOF num laboratório. O seu enfermeiro/médico irá informá-lo das diferentes etapas e de como proceder.

Se for convidada/o para fazer o rastreio, não hesite. Participe!


Texto elaborado pelas alunas do CPLEEC Elisabete Joana Gomes Fernandes e Graciosa Mariana de Oliveira Santos

Fontes