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Chuva, vento e neve de regresso
Notícias e Destaques 27 Mar 2024 Chuva, vento e neve de regresso Depressão Nelson leva a novos avisos meteorológicos
 
Depois de uma mudança radical do tempo no início desta semana, com o frio, o vento, a chuva e a neve a sucederem a vários dias de clima de autêntico verão, a situação voltou a acalmar, mas irá agravar-se de novo já a partir desta quarta-feira, 27 de março. De acordo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a depressão Nelson vai trazer chuva, neve, trovoada, vento e agitação marítima até ao domingo de Páscoa, sendo previsível que o estado do tempo comece a piorar nas próximas horas.

Esta depressão, que se estende desde a Islândia até à região da Madeira, traz, segundo o IPMA, "precipitação persistente, por vezes forte e acompanhada de trovoada”, pelo menos até domingo, 31 de março. Nos pontos mais altos, é esperada queda de neve, podendo verificar-se abaixo dos 1000 metros de altitude.
Um agravamento que levou o IPMA a ativar avisos meteorológicos para todo o continente e ilhas. No distrito do Porto, está em vigor o aviso laranja para a agitação marítima até às 3h00 de 29 de março (sexta-feira), descendo para amarelo dessa data até às 3h00 de 30 de março. Já o vento, vai fazer-se sentir com rajadas que podem chegar aos 95 km/h, pelo que o IPMA emitiu aviso amarelo até às 11h00 desta quinta-feira, agravando para laranja entre essa hora e as 14h00 e regressando a amarelo até às 18h00. Há também aviso amarelo devido à chuva persistente, até às 15h00 desta quinta-feira. Finalmente, ainda no distrito, entre as 21h00 de quinta-feira e as 6h00 do dia 31 de março (sábado) vigora o aviso amarelo face à previsão de queda de neve acima de 100 metros, com acumulação que poderá ser superior a 5cm acima de 1200 metros.

Também a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) alerta para o agravamento das condições meteorológicas, com precipitação, por vezes forte e persistente, que poderá ser de granizo e acompanhada de trovoada; vento predominando de sudoeste, com rajadas até 85km/h a partir da tarde do dia 27 de março, nas regiões Norte e Centro, podendo ser superiores a 90 km/h nas terras altas; agitação marítima forte com ondas de noroeste na costa ocidental; e queda de neve nas terras altas, em especial do Norte e Centro, descendo a cota gradualmente para os 600/800 metros.

A ANEPC alerta para os efeitos expectáveis destas condições:
– piso rodoviário escorregadio devido à possibilidade de acumulação de gelo, neve e formação de lençóis de água;
– possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente não se verifica;
– dificuldades de drenagem em sistemas urbanos, nomeadamente as verificadas em períodos de preia-mar, podendo causar inundações nos locais historicamente mais vulneráveis;
– possíveis acidentes na orla costeira devido à forte agitação marítima;
– ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento ou por galgamento costeiro;
– possibilidade de queda de ramos ou árvores, bem como de afetação de infraestruturas
associadas às redes de comunicações e energia;
– danos em estruturas montadas ou suspensas.
Assim, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recorda a população de que o impacto destes efeitos pode ser minimizado, sobretudo através da adoção de comportamentos adequados, pelo que, e em particular nas zonas historicamente mais vulneráveis, recomenda a adoção das principais medidas preventivas para estas situações, nomeadamente:
– garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas do degelo;
– prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou em condição de maior isolamento, trabalhadores que exerçam atividade no exterior e pessoas sem abrigo);
– garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
– ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
– ter especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando a circulação e permanência nestes locais;
– não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos muito próximos da orla marítima;
– adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tomando especial atenção à eventual acumulação de neve e/ou formação de lençóis de água nas vias rodoviárias;
– evitar a circulação em vias afetadas pela acumulação de neve e, quando isso não for possível, adotar as medidas de seguranças adequadas (verificar estado dos pneus, colocar correntes de neve, assegurar o abastecimento ou que a bateria está com carga, etc.);
– nas vias afetadas pela acumulação de neve, evitar viagens com crianças, idosos ou pessoas com necessidades especiais;
– evitar circular naquelas vias com veículos pesados, em particular articulados, veículos com reboque e veículos de tração traseira;
– restringir ao máximo possível os movimentos de veículos e de pessoas apeadas, nas zonas potencialmente afetadas pela queda de neve;
– não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
– estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.