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24 Jun 2023
Alegria contagiante em mais um São João
Noite inesquecível para os gaienses e centenas de turistas
A vaga de calor que, no final da semana, chegou a todo o país trouxe consigo uma onda de alegria que contagiou os milhares e milhares de pessoas que escolheram Vila Nova de Gaia para celebrar o São João.
Ao início da tarde já se sentia, pela Avenida da República, o burburinho da longa festa que se aproximava… E, numa espécie de início da celebração, o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Vítor Rodrigues, acompanhado de alguns dos vereadores, distribuiu pelos munícipes mais de um milhar de manjericos. Se no início, ao ver ali, junto à Casa da Presidência, os vasos típicos do São João, quem passava mostrava alguma reserva em aproximar-se, rapidamente a timidez deu lugar a uma enorme vontade de levar um manjerico (em alguns casos, mais do que um) para casa. Num ápice, que é como quem diz, em cerca de meia hora, desapareceram todos!
Seguiu-se uma breve pausa na festa, num momento também ele digno de celebração: a reabertura ao trânsito do túnel de Santo Ovídio, agora que a Metro do Porto deu por concluída a construção do viaduto que integra a extensão da Linha Amarela até Vila d’Este e ao Hospital de Gaia. Num dia em que milhares de pessoas entravam e saiam de Vila Nova de Gaia, e cumprindo o calendário previsto pela Metro, voltou, assim, a ser possível circular neste importante acesso.
Ao final da tarde, voltou-se à festa de um dos santos mais celebrados da Europa. Debaixo de um calor ainda abrasador – há muitos anos que não se vivia um 23 de junho assim –, cumpriu-se aquela que é já mais uma tradição de São João. Eduardo Vítor Rodrigues cumprimentou, a meio da Ponte Luís I, o seu homólogo Rui Moreira. Agora que a reabilitação do tabuleiro inferior está concluída, foi aqui que as comitivas voltaram a encontrar-se antes de grande noite, com muitos sorrisos e olhares curiosos à mistura. Houve, até, populares e turistas que aproveitaram para brindar também com a comitiva.
As comitivas separaram-se, então, e da ponte seguiu-se pela beira-rio. Numa caminhada em passo lento, logo se percebeu que a noite ia ser muito, muito concorrida. Já eram muitas as sardinhas a fumegar na brasa, o som dos martelos fazia de banda sonora e nas esplanadas poucos lugares estavam vazios. A "dança” dos portugueses rotineiros nesta festa contrastava com o espanto feliz dos imensos turistas que deram por si no meio desta incrível celebração.
O sol foi baixando, mas nem por isso a temperatura desceu grandemente, tão pouco o entusiasmo de todos quantos iam enchendo o Centro Histórico de Gaia. As horas passavam ao ritmo de uma enorme e contagiante alegria, e a pouco e pouco a beira-rio transformava-se num mar de gente. Olhando ambas as margens do Douro e o Jardim do Morro, era difícil imaginar que a multidão pudesse, ainda, aumentar. Mas há sempre espaço para mais um amigo!
Contavam-se os minutos – e os balões que pintavam o céu – e, finalmente, a meia-noite chegou. Os olhares fixaram-se, então, nos céus e na Ponte Luís I, para mais um espetáculo piromusical oferecido pelas autarquias de Gaia e do Porto. Foram 16 minutos de música e fogo de artifício, 16 minutos de almas cheias, de felicidade e de orgulho numa festa que não tem igual. Depois… A noite seguiu, até ser dia! Para o ano há mais!
