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Terreno para unidade de cuidados continuados está em hasta pública
Notícias e Destaques 16 Jan 2023 Terreno para unidade de cuidados continuados está em hasta pública Localizado em Canidelo, com uma área aproximada de 4.900 m²
 
Até ao próximo dia 26 de janeiro, está em hasta pública para venda o terreno que dará origem à futura unidade de cuidados continuados e paliativos em Vila Nova de Gaia, situado na rua Quinta da Bela Vista, em Canidelo, com uma área aproximada de 4.900m². As propostas devem ser entregues no Praça – Atendimento Municipal ou enviadas por correio, sendo que a hasta pública realizar-se-á a 27 de janeiro, às 9h30, no Auditório Manuel Menezes de Figueiredo. Este terreno, composto por um palacete, capela e anexos, situa-se a escassas centenas de metros de uma via estruturante que permite o acesso rápido ao Hospital de Gaia e ao Centro de Reabilitação do Norte, o que torna esta localização ideal para a infraestrutura em questão. Considerando a prioridade que o Plano de Recuperação e Resiliência atribui ao alargamento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e da Rede Nacional de Cuidados Paliativos, entendeu-se que uma hasta pública seria o meio mais célere e eficiente para a concretização deste projeto em Vila Nova de Gaia. 

Assim, de forma exclusiva e para sempre, este imóvel destinar-se-á a equipamento de saúde de cuidados continuados, paliativos, demência e demais valências de saúde mental com acordo de cooperação de saúde pública. Seis meses depois da data de celebração da escritura pública, o adquirente terá de apresentar o projeto de arquitetura com capacidade para 220 camas, manter as fachadas do edifício existente e concluir as obras até 2025, sendo que o equipamento, depois de concluído, deverá estar em funcionamento no prazo de um ano. 

Uma resposta a uma necessidade premente
Importa realçar que a dimensão e a heterogeneidade territorial de Vila Nova de Gaia comportam diferentes desafios e respostas diferenciadas. Embora o concelho esteja a modernizar e reforçar a qualidade dos seus serviços de saúde — a atual requalificação/construção do Centro Hospitalar de Gaia e a futura construção do Centro de Saúde dos Carvalhos e as Unidades de Saúde Familiar de Grijó, Afurada, Lever e Camélias são bons exemplos disso —, as áreas dos Cuidados Continuados Integrados e dos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental permanecem sem resposta. 

Por um lado, no que se refere aos Cuidados Continuados Integrados, de convalescença, média e longa duração ou até mesmo de uma equipa de apoio ao domicílio, não existem respostas públicas no concelho e as privadas são, na maior parte dos casos, inacessíveis à grande parte da população. Isto faz com que as famílias procurem respostas muito distantes do concelho, com implicações financeiras e a incapacidade da participação do utente e familiares/representantes legais na elaboração do plano individual de intervenção e corresponsabilização na prestação de cuidados. Por outro lado, o contexto dos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental é ainda mais complicado, com base na quase total ausência de respostas estruturadas. Tendo em conta o reduzido número de camas disponíveis no Hospital de Gaia para a área da psiquiatria e a inexistência de respostas públicas no concelho e mesmo na Área Metropolitana do Porto (as instituições ligadas à doença mental estão lotadas), os doentes e familiares ficam sem qualquer tipo de retaguarda, o que impossibilita a recuperação e integração. 

Face a este cenário, a aposta nos Cuidados Continuados Integrados e nos Cuidados Continuados Integrados de Saúde Mental é uma prioridade para o Município de Vila Nova de Gaia. Será, assim, um equipamento fundamental para a melhoria do bem-estar da população do concelho e da região.