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Parque Biológico de Gaia, de pequeno viveiro a “pulmão verde” na cidade
Notícias e Destaques 21 Mar 2023 Parque Biológico de Gaia, de pequeno viveiro a “pulmão verde” na cidade Espaço abriu as comemorações com novidades
 
A 21 de março, Dia Mundial da Árvore, o Parque Biológico de Gaia "soprou” as velas do seu 40.º aniversário e abriu as suas portas para um dia aberto a todos (com visitas gratuitas) e para uma cerimónia singular que contou com a presença de figuras que ajudaram a escrever as linhas desta já longa história. Uma delas foi Ilda Figueiredo. Há 40 anos, era vereadora na Câmara Municipal de Gaia e foi a responsável pela apresentação da proposta que daria, mais tarde, origem ao Parque Biológico de Gaia. Por isso, assinalar estas quatro décadas de existência é um motivo de grande orgulho e emoção. "Para mim, este dia tem uma grande importância, parecendo até impossível que já se tenham passado 40 anos. Na altura, tive a oportunidade de apresentar a proposta que foi aprovada por unanimidade e que permitiu a criação do Parque Biológico Municipal de Vila Nova de Gaia. No início era muito pequeno, tendo começado por ser um viveiro que foi alargado ao longo dos anos e, por isso, quero aproveitar para lembrar todos os trabalhadores e técnicos que trabalharam com grande afinco. Tenho um grande orgulho de estar ligada à criação deste espaço”, afirmou Ilda Figueiredo. 

Para Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal, "comemorar os 40 anos tem de servir como compromisso, porque este espaço tem de ter vida, tem de melhorar, tem de se aprofundar e aumentar a sua área de influência, olhando não só para si, mas para toda a rede de parques do concelho. E foi a partir desta experiência que nós concebemos parques distintos e hoje temos a ambição de fazer desta rede de parques uma efetiva rede de lazer, sendo também o mote para novas e diversificadas atividades”, afirmou. 

Também Valentim Miranda, vereador do ambiente, deixou uma palavra muito especial sobre este aniversário, sobretudo dirigida a todos os que contribuíram para o crescimento do espaço. "Quero deixar uma palavra de reconhecimento profundo a todos os decisores e colaboradores que durante estes 40 anos, com altos e baixos, fizeram e fazem a história do considerado melhor Parque Biológico de Portugal”.
Na senda do crescimento e da evolução que se pretendem para este equipamento, o Município tem previsto um investimento de 4,5 milhões de euros nos próximos anos. Os projetos a concretizar passam pela ampliação do parque, com a aquisição de terrenos a poente num total de 35 a 40 mil m2, num valor estimado de 300 mil euros; a construção de um cercado para linces ibéricos, que deverá arrancar nas próximas semanas (377 mil euros); a ampliação do parque de autocaravanas (400 mil euros); e ainda a remodelação e ampliação do edifício principal (2,5 a 3 milhões de euros) e reabilitação do auditório (350 mil euros).

Para comemorar os 40 anos do Parque Biológico, vai haver dias abertos, festivais, oficinas e exposições, além de um encontro de educação ambiental que decorrerá no outono. Outra das iniciativas será a realização de um mural comemorativo do aniversário por Mister Dheo, reconhecido artista de arte urbana.

O Parque Biológico continua bem firme na sua missão de educar miúdos e graúdos para a conservação da Natureza, sendo que, diariamente, 80 pessoas, como tratadores, biólogos e veterinários, contribuem para esta demanda. Estende-se por um total de 35 hectares, com mais de mil animais de 300 espécies para conhecer, e recebe mais de 100 mil visitantes por ano, a quem proporciona diferentes experiências e valências e em constante evolução para responder aos desafios atuais.

Nasceu como horto e viveiro municipal, mas rapidamente se foi transformando num equipamento em que a educação ambiental é o foco central. Neste contexto, é fundamental também educar para a preservação das espécies, e esse é o trabalho que se faz no Centro de Recuperação de Fauna Selvagem. Milhares de animais chegam aqui anualmente, e quando totalmente recuperados são devolvidos à Natureza.

Além disto, todos os dias, cerca de vinte jovens com deficiência "trabalham” no Parque: mudam plantas, fazem jardinagem, recolhem lixo e limpam caminhos, num ambiente familiar que os ajuda a desenvolver competências. Um protocolo inovador com a APPACDM que é um exemplo no país.