Na próxima reunião da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia (5 de fevereiro, 15 horas, Auditório Manuel Menezes de Figueiredo), o executivo irá discutir um conjunto de propostas que refletem a intenção do Município de voltar a ser investidor social e, assim, comparticipar financeiramente nove projetos, no valor total de 471.534 mil euros. Esta intenção apenas se materializará após a aprovação das candidaturas pelo Norte 2030 e Portugal Inovação Social.
Esta possibilidade surge no âmbito da iniciativa «Portugal Inovação Social 2030», em que foi concedida a possibilidade de serem constituídas «Parcerias para a Inovação Social» que visem o desenvolvimento de competências em crianças e jovens e garantam o apoio de investidores sociais. O Programa Regional do Norte 2021-2027 (NORTE 2030) destina-se, exclusivamente, a Iniciativas de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES) que visem o desenvolvimento de competências em crianças e jovens. Neste contexto, os projetos são genericamente designados de IIES, isto é, projetos que pretendem intervir de forma inovadora e eficiente sobre um ou vários problemas sociais com o objetivo de gerar impacto social positivo.
Todas as iniciativas propostas terão implicações diretas no desenvolvimento de crianças e jovens. Em suma, a ADRITEM (Associação de Desenvolvimento Regional Integrado das Terras de Santa Maria) pretende candidatar o projeto «Urban Farmers Kids», com a duração de 36 meses e com incidência em 300 crianças, sendo que a comparticipação financeira do Município para esse período seria de 36.678 mil euros. O objetivo passa por implementar ações que permitam fortalecer as competências e os recursos de crianças e jovens para lidar com os desafios do seu desenvolvimento pessoal, nomeadamente através da conceção e disponibilização de produtos, plataformas ou serviços inovadores com impactos sociais positivos, com especial incidência na saúde mental.
A DTC (Associação Cães pelas Pessoas) pretende candidatar o projeto «Pelos 2 Teens», com duração de 36 meses, e quer chegar a 144 jovens institucionalizados, sendo a comparticipação financeira do Município para esse período de 73.227 mil euros.
A Pista Mágica pretende candidatar o projeto «Voluntariado Apoiado», com duração de 26 meses e com incidência em 30 jovens, nomeadamente de escolas profissionais em situação de vulnerabilidade. Caso a candidatura seja aprovada, o Município irá contribuir financeiramente com 12.250 mil euros.
A APPDA – Norte vai candidatar o projeto «Recriar o autismo na 1.ª infância», com duração de 36 meses e com incidência em 50 crianças e 20 famílias, com especial enfoque em crianças e jovens portadores de deficiência ou incapacidade. A autarquia poderá disponibilizar um apoio financeiro de 70 mil euros.
A Abrigo Seguro - Associação de Solidariedade Social pretende apresentar a candidatura do projeto (P.h)APPY, com duração de 36 meses, e que ambiciona alcançar 50 crianças e jovens, com especial incidência na saúde mental, com a possibilidade de comparticipação financeira do Município de 63.922 mil euros.
O Ginasiano COOP vai candidatar o projeto «LuMos – Luz e Movimento Sensorial», com duração de 24 meses e com incidência em 50 crianças, nomeadamente com deficiência ou incapacidade. A participação financeira da autarquia será de 53.089 mil euros.
O Clube Jovem Almeida Garrett vai candidatar o projeto «Gaia SER+», com duração de 36 meses e que pretende chegar a 100 crianças e jovens migrantes, com participação financeira do Município de Gaia de 71.782 mil euros.
A Fundação Manuel António da Mota vai candidatar o projeto «Cantinho do Estudo 2.0», com duração de 13 meses e com incidência em 50 alunos e respetivas famílias. Caso seja aprovado, o projeto contará com o apoio municipal de 28.413 mil euros.
Por fim, o Instituto de Desenvolvimento e Inclusão Social (IDIS) pretende apresentar a candidatura do projeto «Apartamento Terapêutico Gaia», com duração de 36 meses e que conta chegar a 30 jovens. A participação financeira do Município seria de 62.173 mil euros.