A Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia regozija-se com a declaração efetuada pela Comissão de Sobrevivência de Espécies (CSE) da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) sobre o papel dos parques zoológicos, aquários e jardins botânicos no apoio à conservação das espécies.
No texto divulgado, começam por perguntar: «O que têm em comum o sapo kihansi (Nectophrynoides asperginis), o pombo-cor-de-rosa, (Nesoenas mayeri), o peixe tequila-picote (Zoogoneticus tequila) e o café Ramosmania rodriguesii?»
Essas e muitas outras espécies estavam à beira da extinção, mas agora estão no caminho da recuperação na natureza graças à experiência e aos esforços de conservação de jardins botânicos, aquários e zoológicos. Para alcançar esse resultado, muitos jardins botânicos, aquários e zoológicos implementam elevados padrões de cuidado, conservação, educação e pesquisa. Estão organizados de um modo profissional e atuam a nível regional, nacional e internacional. Estas instituições cooperam com vários intervenientes que contribuem com a sua experiência para a gestão ex situ e, no local, com educação, pesquisa e participação da comunidade para evitar a extinção destas e de outras espécies, devolvendo-as a um estado de conservação favorável.
Em Gaia, também o Parque Biológico tem contribuído para estas metas, assim como a Estação Litoral da Aguda no desenvolvimento de diversos projetos ao longo do tempo. A Comissão de Sobrevivência de Espécies (CSE) da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) reconhece que quer os jardins botânicos, quer os aquários quer os zoológicos não são as únicas instituições que lidam com animais, fungos e plantas ex situ. No entanto, a verdade é que, enquanto jardins botânicos, aquários e zoológicos, eles podem contribuir significativamente para a conservação. Este papel é muitas vezes subestimado, não reconhecido e mal interpretado. O CSE também reconhece que nem todos os jardins botânicos, aquários e zoológicos de todo o Mundo estão a aproveitar o seu potencial de conservação.
Portanto, o objetivo deste documento consiste em delinear a posição do CSC sobre os papéis desempenhados por essas instituições na conservação das espécies e a sua diversidade genética, bem como instar todas essas instituições a aproveitar o seu potencial para garantir que animais, fungos e plantas nativas prosperem na Natureza. Além disso, pretendem incentivar a comunidade global ligada à conservação de espécies para trabalhar de forma colaborativa e integrada para reverter o declínio da biodiversidade. Esta declaração de posição do CSE contribui diretamente para a ligação dos esforços in situ e ex situ para salvar espécies ameaçadas.
Muitos jardins botânicos, aquários e zoológicos ao redor do Mundo têm ampliado cada vez mais a sua abordagem para a conservação, de forma a desempenharem papéis de liderança no desenvolvimento e implementação de políticas de conservação.
Mais informações em: https://www.iucn.org/es/node/40046