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30 Out 2023
Centro Cívico José da Silva Candoso, uma “homenagem” e um “agradecimento”
Novo espaço conta com a obra escultórica «Percursos»
"Mais do que uma homenagem, este novo centro cívico é um agradecimento a José da Silva Candoso”. A 29 de outubro, dias antes de se assinalar em todo o país o Dia de Todos os Santos, Oliveira do Douro assistiu à inauguração formal do centro cívico José da Silva Candoso. Com o objetivo de criar um ponto de referência e de encontro, a Câmara Municipal de Gaia construiu este novo espaço, num investimento a rondar os 750 mil euros, numa área adjacente ao cemitério de Oliveira do Douro e ao edifício da junta de freguesia, confinando com a alameda Santa Eulália, que será também requalificada numa segunda fase (que arranca já depois do Dia de Todos os Santos).
A empreitada visou criar diferentes espaços de permanência, de convívio e de lazer, bem como zonas de transição e de circulação, contemplando um parque infantil, um parque geriátrico e um auditório exterior, que prolonga o auditório interior existente na junta de freguesia. Complementarmente, foi implementado um conjunto de melhorias na rede viária adjacente, incluindo o reperfilamento da Alameda Santa Eulália e da rua Dona Maria da Costa Basto, traduzindo-se na melhoria das condições de segurança e acessibilidade e transformando de forma decisiva toda esta zona que há muito carecia de um espaço desta natureza.
O novo centro cívico conta, ainda, com uma peça escultórica, da autoria de Bruno Marques, intitulada «Percursos», e que, literalmente, "corporiza um novo percurso de acesso ao cemitério de Oliveira do Douro”. Esta obra pode ser vivida de duas formas, como explica o artista: "a observação de longe permite a sua perceção enquanto forma, a outra exige o seu consumo, à semelhança da arquitetura, o seu habitáculo, que neste caso específico assume a razão maior da sua existência”.
Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, deixou, em primeiro lugar, uma palavra especial de agradecimento aos familiares de José da Silva Candoso, na pessoa do seu filho. "A partir desta obra, pretendemos avançar para uma regeneração de todo este espaço. Não uma regeneração apenas física. Quisemos também destacar a memória, a simbologia, porque não há espaço sem pessoas. Não há sítio icónico e representativo, sem uma presença. Aqui temos a possibilidade de ter alguém que, mesmo não estando fisicamente entre nós, nos inspira sempre. Era uma daquelas pessoas para quem estava sempre tudo bem. Era uma pessoa de sorriso fácil, amante da sua terra. Foi uma figura absolutamente marcante e extraordinária e pessoas extraordinárias merecem uma perenização que vai muito além da sua presença física”, disse.