
Notícias e Destaques
05 Mar 2025
Zona do Castelo de Gaia com melhor mobilidade
Intervenção incluiu instalação de ligações mecânicas

A mobilidade entre a cota baixa e a cota alta no centro histórico está hoje mais fácil, graças à conclusão da «Intervenção Integrada do Castelo de Gaia», promovida pelo Município com a comparticipação de fundos comunitários. Inaugurada a 5 de março, a obra incluiu a instalação de escadas rolantes e elevadores que ligam a marginal do rio ao largo do Castelo. A intervenção abrangeu, também, a reabilitação do espaço público, a requalificação e transformação de um edifício de habitação unifamiliar em duas frações para colocar no programa de arrendamento acessível e a reabilitação do edifício do lavadouro e dos balneários comunitários.
"Esta é uma daquelas obras que fazem sentido. Há obras que são imponentes, importantes, e há obras que, para além de serem importantes, fazem muito sentido para o dia-a-dia das pessoas”, afirmou, na inauguração, o presidente da Câmara Municipal. Lembrando que o apoio comunitário se enquadrou na área da mobilidade, Eduardo Vítor Rodrigues sublinhou tratar-se "de uma mobilidade que se desenvolve num contexto muito especial, no contexto do centro histórico, com as suas especificidades e onde toda a intervenção tem de ter uma dupla atenção, sempre respeitando essas especificidades”.
"Quando se fala da ligação da cota baixa à cota alta e vice-versa, não estamos apenas a falar da Serra do Pilar. Estamos a falar em todos os espaços, e este é um deles, em que faz muito sentido que as pessoas que moram à cota baixa em cinco minutos tenham acesso à linha do metro. Porque esta intervenção permitirá chegar à estação de metro da linha Rubi em cinco minutos e diminuir as distâncias que, de outra forma, seriam mais penosas”, destacou ainda.
Eduardo Vítor Rodrigues salientou, também, que "esta não é uma obra para turista. É uma obra que também os turistas podem e devem aproveitar, mas foi feita a pensar nas pessoas que aqui moram. É evidente que, depois disto, melhorarão todas as requalificações na senda do turismo, da hotelaria e do alojamento local, da circulação, da ligação da cota alta à cota baixa para quem utilizar a linha Rubi, no fundo, dando coerência e integração ao território. Mas é uma obra para todos e que para o cidadão que aqui mora é muito importante”, concluiu.
A zona do Castelo é uma zona classificada como imóvel de interesse público e encontra-se dentro dos limites da área Centro Histórico e também dentro dos limites da Zona Especial de Proteção (ZEP) do «Centro Histórico do Porto, Ponte Luís I e Mosteiro da Serra do Pilar» – classificada como Património Mundial da UNESCO. O seu valor reside, acima de tudo, no facto de ser o local onde surgiram os primeiros vestígios de ocupação humana concentrada em Vila Nova de Gaia.
A «Intervenção Integrada do Castelo de Gaia» resultou de um investimento total de 3,5 milhões de euros, cofinanciado por fundos comunitários no âmbito do PEDU, Norte 2020 e Feder, tendo beneficiado de uma taxa de comparticipação de 85%.