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Serzedo e Perosinho e a preocupação com a desagregação das freguesias
Notícias e Destaques 20 Abr 2022 Serzedo e Perosinho e a preocupação com a desagregação das freguesias 4.º ciclo de Presidências Abertas passou por estes territórios
 
O 4.º ciclo de Presidências Abertas está a entrar na reta final e, desta vez, o executivo passou pela união de freguesias de Serzedo e Perosinho para ouvir as instituições e a população. Depois da habitual reunião com o executivo da união de freguesias, seguiu-se uma visita institucional por três entidades locais. A tarde começou no Jardim de Infância do Outeiro, onde foram ouvidas as principais necessidades da comunidade educativa, tendo sempre como público as duas turmas de JI desta instituição que, com a boa disposição habitual, acolheram a comitiva com grande entusiasmo. No final, foi entregue um caderno de encargos, em jeito mais infantil, com desenhos das crianças alusivos às principais carências daquele edifício, nomeadamente ao nível dos gradeamentos, das paredes, do recreio, dos muros, dos aparelhos tecnológicos, entre outras. 

Mesmo ao lado, seguiu-se uma visita ao Centro Social de Serzedo, onde foi apresentado o projeto para licenciamento do espaço para as valências de centro de dia e de serviço de apoio domiciliário, com capacidade para apoiar 40 e 60 utentes, respetivamente. Por fim, a tarde terminou no Centro Social e Paroquial de Perosinho, um espaço que tem a ambição de adquirir a valência de serviço de apoio domiciliário e que necessita de algumas intervenções que permitam melhorar o centro de dia, o que permitirá também aumentar a capacidade atual. 

Na sessão da noite, com uma audiência bem composta, Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Gaia, começou por fazer uma breve referência aos últimos dois anos marcados pela Covid-19 e as opções da Câmara para minimizar o impacto da pandemia, o trabalho em rede e o mérito de todas as instituições envolvidas neste processo.

A desagregação das freguesias foi uma das temáticas abordadas, com manifesta preocupação por parte da população presente. Da Câmara Municipal surgiram os esclarecimentos necessários sobre esta matéria. "A Câmara Municipal não tem um envolvimento direto no processo de desagregação das freguesias, ele começa na assembleia de freguesia. A primeira das condições é haver o edifício sede da Junta de Freguesia, e em Gaia nós mantivemos os 24”, afirmou Eduardo Vítor Rodrigues, apelando ao envolvimento de todos ao longo deste processo.

A nível local, outra das preocupações levantadas prendeu-se com a necessidade de criar espaços de lazer e circuitos de manutenção na Serra de Negrelos. "95% do território da Serra de Negrelos é particular, mas há projetos para o local. A revisão do PDM vai permitir olhar para a Serra de Negrelos e fazer um projeto integral, devolvendo este espaço à população”, garantiu o presidente. Ainda no que se refere ao espaço público, foi abordada a insuficiência no que respeita à iluminação na Rua das Coletividades, o que poderá provocar uma sensação de insegurança. "A questão prende-se com a alteração da iluminação para LED e, quando não se trata de um projeto de raiz, o afastamento pré-existente entre luminárias leva ao défice de iluminação pública. Poderá ser estudada uma solução de complemento de iluminação direcionada para os edifícios das coletividades”, referiu Eduardo Vítor Rodrigues.

Na área da saúde, o encerramento às 16 horas do posto médico de Serzedo também é uma preocupação local. Não sendo da responsabilidade da Câmara Municipal, Eduardo Vítor Rodrigues garantiu que, com o futuro processo de descentralização na área da saúde, foi colocada uma condição em cima da mesa: "para aceitar a gestão dos centros de saúde, temos de ter a possibilidade de ter um horário diferenciado no concelho. Estamos a lutar para mudar este cenário, assumindo estas responsabilidades”. 

Outras questões foram levantadas, como a necessidade de obras em várias escolas da união de freguesias, as intervenções na Estrada da Rainha ou a execução de passeios em diversos arruamentos. As Presidências Abertas são isto mesmo: um espaço de partilha de opiniões e um momento onde se trilha o caminho a seguir, com prioridades em cima da mesa, mas sempre ouvindo as necessidades mais prementes da população.