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Notícias e Destaques 29 Out 2018 Pegada Ecológica e Biocapacidade de Vila Nova de Gaia Sessão de apresentação dos resultados decorreu a 29 de Outubro
 

O projeto Pegada Ecológica dos Municípios Portugueses resulta de uma colaboração entre a ZERO, a Global Footprint Network (GFN) e a Universidade de Aveiro e pretende potenciar o papel do contexto local nos desafios nacionais e globais de sustentabilidade, através da aplicação desta ferramenta de avaliação e monitorização de sustentabilidade proposta pela GFN e mundialmente reconhecida. Para serem resilientes e bem-sucedidos, os municípios precisam de encontrar formas de atuar e de proporcionar uma vida próspera aos seus cidadãos, dentro dos limites do planeta e, para isso, é necessária informação quantificada capaz de influenciar as tomadas de decisões. A Pegada Ecológica fornece métricas sobre o consumo e disponibilidade de recursos naturais e é usada para orientar a tomada de decisão informada.

Os resultados apontam que, em 2016, a Pegada Ecológica de Vila Nova de Gaia correspondeu a 3,92 hectares globais (gha) por pessoa, correspondendo a valores 0,4% abaixo da média de um cidadão nacional ou 5% acima da média da Área Metropolitana do Porto. Por sua vez, a biocapacidade correspondeu a 0,17 hectares globais (gha) por pessoa, 87% abaixo da média nacional. O saldo entre Pegada Ecológica e biocapacidade demonstram os desafios locais para inverter lógicas de consumo prejudiciais ao ambiente. Seriam necessários 2,3 planetas Terra, se toda a população mundial vivesse como um cidadão de Vila Nova de Gaia. Por outras palavras, se este ritmo de consumo municipal se verificasse a nível global, o Dia da Sobrecarga da Terra, em 2016, ocorreria a 3 de junho. O Dia da Sobrecarga da Terra marca a data em que a humanidade passa a usar mais da natureza do que o nosso planeta pode renovar em todo o ano, simbolizando o dia em que iniciaríamos o défice ecológico para esse ano.

A alimentação representa a maior fatia da Pegada Ecológica dos residentes do município (31%), seguida do setor dos transportes (21%). Responsável por esta Pegada elevada da alimentação está o consumo de carne (28%) e de peixe e outro pescado (26%). O consumo de proteína animal corresponde a mais de metade da Pegada da Alimentação de um cidadão de Vila Nova de Gaia.

Além de Vila Nova de Gaia, entre os municípios participantes está Almada, Bragança, Castelo Branco, Guimarães e Lagoa. Nos últimos anos, a pegada ecológica tem sido calculada para diversas cidades em todo o Mundo. Em Portugal, este projeto, iniciado este ano, é inovador, não só pela forma como integra o conhecimento da pegada ecológica com o cálculo da biocapacidade a nível local, como também pleo envolvimento da sociedade civil e pela promoção de novos instrumentos e políticas públicas que incentivem a redução dos impactos ambientais dos municípios e o reforço dos serviços prestados pelos ecossistemas desses municípios.

A sessão de apresentação da Pegada Ecológica e da biocapacidade do município de Vila Nova de Gaia teve lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, a 29 de Outubro e contou com a presença do vereador do pelouro do ambiente, Valentim Miranda, de Sara Moreno Pires, da Universidade de Aveiro, de Paulo Magalhães, coordenador do projeto, e de Alessandro Galli, da Global Footprint Network.