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O que mudou em Gaia nos últimos dez anos?
Notícias e Destaques 12 Jul 2022 O que mudou em Gaia nos últimos dez anos? Observatório Social de Gaia analisou dados dos últimos Censos
 
Na última newsletter desenvolvida pelo Observatório Social de Gaia foram analisados os dados provisórios decorrentes do 16.º recenseamento da população e do 6.º recenseamento da habitação. Foi, assim, possível avaliar a evolução registada no concelho de Vila Nova de Gaia no período entre censos, nas vertentes da população residente, dos agregados domésticos, da construção edificada e dos alojamentos. Afinal, nos últimos dez anos, o que mudou em Gaia?

População
- A população de Vila Nova de Gaia cresceu cerca de 0,5%, isto é, ganhou 1.556 indivíduos (sobretudo mulheres).

Grupo etário
- Verificou-se um duplo envelhecimento traduzido na diminuição do número de crianças (-17%, menos 7 728 crianças) e aumento do número de idosos (+39%, mais 18 360 indivíduos). Em Vilar de Andorinho e na união de freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma, a diminuição da percentagem do escalão mais novo da população ultrapassou, em cada uma, os 25%. As freguesias onde o aumento do número de idosos foi mais proeminente foram Canidelo (mais 60%), Vilar de Andorinho (mais 59,4%) e Canelas (aumento em 54%).

Níveis de ensino
- Aumento do nível de escolaridade da população e quebra na fatia da população que não completou qualquer nível de ensino. A taxa de variação no número de indivíduos com o ensino secundário e pós-secundário concluído é semelhante à da Área Metropolitana do Porto (+49% para as duas regiões). Quanto aos indivíduos com o ensino superior, houve um crescimento mais notório em Gaia (um aumento de 51,4%). Registou-se menos 13.409 indivíduos em Gaia (- 26,7%) com nenhum nível de ensino concluído. 
- A freguesia de Canelas destaca-se pelo aumento significativo de indivíduos com o ensino superior concluído (+79,2%); e Oliveira do Douro pelo aumento nos dois níveis de escolaridade de grau mais elevado (+63,5% no número de indivíduos com o ensino secundário e pós-secundário completo e +70% no número daqueles que concluíram o ensino superior). Destacam-se Avintes e a união de freguesias de Gulpilhares e Valadares, onde os habitantes sem nenhum nível de ensino formal concluído caíram em mais de 33%.

Estado civil
- Prevalência do número de indivíduos solteiros e casados, ainda que com um aumento significativo no número de indivíduos solteiros. Em 2021, em 8 das 15 freguesias, a percentagem de pessoas solteiras sobrepôs-se à percentagem de casados; 
- Aumento do número de indivíduos divorciados no concelho (+42,8%), sobretudo em S. Félix da Marinha (+77,3%).

Agregados domésticos
- Aumento do número de agregados domésticos privados e institucionais (+6,2%, o que se traduz num acréscimo de 7.047 agregados); 
- Predomínio dos agregados constituídos por duas e três pessoas (ainda que com um aumento do número de agregados constituídos por duas pessoas);
- Aumento do número de famílias unipessoais no concelho (+27,8%). Destacamos a união de freguesias de Sandim, Olival, Lever e Crestuma que viu aumentar o número de agregados com uma pessoa em 45,9% (274 agregados);
- Diminuição dos agregados com cinco ou mais pessoas (-8,8%). A freguesia da Madalena foi aquela onde, ao contrário da tendência observada em todas as outras, os agregados com cinco ou mais pessoas cresceram (mais 32, significando um aumento 16,1%).

Edifícios
- Aumento do número de edifícios construídos em 1,1% (total de 741 novos edifícios). Maior número de construções nas freguesias da Madalena (+ 7,3%), Arcozelo (+6,5%) e S. Félix da Marinha (+5,7%). Diminuição deste número na união de freguesias de Santa Marinha e S. Pedro da Afurada (uma diferença de 358 edifícios face a 2011);
- Uma boa parte dos edifícios do município (60,4%) foram construídos entre as décadas de 1960 e 2000 (29,3% entre 1961-1980; 31,1% entre 1981-2000);
- Prevalência dos edifícios constituídos por apenas um alojamento (78,7% dos edifícios de Gaia em 2021); 
- Aumento dos edifícios com 10 ou mais alojamentos no concelho (+2,8%);
- Aumento do número de agregados domésticos privados e institucionais (+6,2%, o que se traduz num acréscimo de 7.047 agregados).

Alojamentos familiares clássicos
- Crescimento do número de alojamentos familiares (+1,2%), especialmente na freguesia da Madalena (+6,3%); 
- Preponderância dos alojamentos de tipo residências habituais (84,1% dos alojamentos de Gaia em 2021);
- A diferença mais significativa está na diminuição dos alojamentos vagos (representavam 12,5% dos alojamentos em 2011, e 9,4% em 2021). No aproveitamento destes espaços (traduzido na diminuição de alojamentos vagos), destacam-se as freguesias de S. Félix da Marinha, Canelas e a união de freguesias de Gulpilhares e Valadares;
- Em 2021, os encargos mensais com prestações de empréstimo e outras despesas relacionadas com aquisição de habitação própria variaram entre os 200 e 399,99€ (55,6%). A freguesia onde os encargos foram mais baixos foi Vilar de Andorinho (23,9% dos seus alojamentos com mensalidades entre menos de 100 e 199,99€). Os esforços financeiros mais altos para quem pretendia obter habitação própria registaram-se na freguesia da Madalena;
- Em 2021, os preços praticados não ultrapassaram, na maioria, o teto dos 400 euros mensais. Entre as uniões de freguesia de Sandim, Olival, Lever e Crestuma e Serzedo e Perosinho, registaram-se agregados que, com alguma expressão, pagaram menos de 20 a 200€ pela mensalidade. Canidelo foi a freguesia onde o arrendamento exigiu maior esforço financeiro.