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16 Mar 2023
«O Caminho Português de Santiago» refletido em Gaia
Foi ainda apresentado o documentário «O meu caminho», de Pedro Gil Vasconcelos
«Caminho de Santiago: o meu e o nosso caminho». Foi com este mote que se realizou uma sessão muito especial, a 15 de março, no Arquivo Municipal Sophia de Mello Breyner. A iniciativa incluiu a apresentação do documentário da autoria de Pedro Gil Vasconcelos, vencedor de seis prémios internacionais, «O meu caminho», e ainda, uma intervenção do historiador Joel Cleto sobre «O Caminho Português de Santiago», com destaque para a sua pertinência, utilidade, atualidade e potencial turístico.
«O meu caminho» surgiu da vontade de fazer a pé os 240 quilómetros que separam Braga de Santiago de Compostela, grande parte deste caminho feito pela velha Via Romana XVIII, atravessando o Parque Nacional da Peneda Gerês e as regiões do Xurez e do Riveiro. Trata-se de um documentário, sob a forma de curta, feito por Pedro Gil Vasconcelos e pelo amigo, Adriano Carneiro, com recurso a uma câmara de smartphone.
A verdade é que os Caminhos de Santiago, com um enorme potencial na valorização do património da região que atravessa, são hoje um fenómeno cultural e turístico que tem registado um crescimento exponencial, com um retorno económico significativo. Só em 2022, cerca de 62 mil peregrinos terão pernoitado em várias localidades portuguesas, com um retorno de cerca de 16,5 milhões de euros. Em Portugal, apesar de vários itinerários oficiosos, apenas três estão credenciados, de acordo com um decreto-lei publicado em 2019: o Caminho da Costa, com 138 quilómetros de extensão, atravessa o litoral desde o Porto até Valença; o Caminho Interior, com 214 quilómetros, passa por Viseu e chega até Chaves; e o Caminho Central, que inicia no Ameixal, no Algarve, e em 19 etapas termina na Golegã, em Tomar.