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Tomada de posse órgãos autárquicos 2025-2029
Notícias e Destaques 04 Nov 2025 Hoje foi o primeiro passo. Os próximos contam ainda mais. O passado mostra o caminho. O presente abre a porta. O futuro chama por nós.
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Luís Filipe Menezes tomou hoje posse como presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia e traçou, no discurso inaugural, um mandato assente em três tempos — passado, presente e futuro — com uma ideia-força a ligar todos: recuperar e projetar a "Marca GAIA”. A ambição, afirmou, é devolver protagonismo ao concelho através de obra útil, contas claras e cooperação metropolitana efetiva.

No imediatismo das primeiras semanas, o autarca quer "destravar o essencial”. Entre as prioridades, destacou um grupo de trabalho dedicado ao TGV, juntando executivo, consórcio construtor e representantes dos moradores. A mobilidade interna surge como outro eixo crítico: reforço dos transportes públicos que ligam bairros a emprego e escolas, plano de vias estruturantes e integração com interfaces já existentes. O espaço público entra na mesma lógica, com operações de limpeza urbana reforçadas e metas de qualidade de vida mensuráveis.

A habitação é apresentada como grande teste do mandato. O município avança com programas de custos controlados e reforço progressivo do parque público, procurando respostas para famílias jovens e para quem trabalha no concelho. Em paralelo, a autarquia quer criar condições para alojamento estudantil no centro da cidade, de modo a fixar talento e dinamizar a economia local.

No capítulo da transparência, Menezes anunciou auditorias externas às principais áreas da gestão municipal, com publicação dos resultados e consequências a tirar onde for caso disso. O objetivo declarado é fechar dúvidas do passado, recuperar confiança e estabelecer padrões de escrutínio para o futuro. A comunicação institucional será reforçada com assembleias transmitidas e sistemas de informação modernizados, aproximando cidadãos das decisões.

A segurança de proximidade surge como compromisso imediato: colaboração estreita com as forças policiais, dignificação de instalações, reposicionamento da Polícia Municipal no terreno e reforço da Proteção Civil. O executivo pretende trabalhar com associações e juntas de freguesia para melhorar a resposta em todo o território, dos centros urbanos às zonas ribeirinhas e costeiras.

A "Marca GAIA” é o fio condutor. Não como slogan, mas como resultado esperado de políticas consistentes em educação, cultura e desporto. Na cultura, o município ambiciona programação âncora e eventos com escala, articulados com o tecido associativo. No desporto, a visão passa por infraestruturas requalificadas e projetos que consolidem o concelho no mapa nacional, com atenção particular às modalidades de base e ao atletismo.

A relação com o Porto e com os municípios vizinhos é apresentada como condição de sucesso. Menezes propõe uma cooperação metropolitana pragmática, sem rivalidades estéreis, capaz de somar investimentos, mobilidade e captação de eventos internacionais. O discurso sublinhou um Norte mais coordenado, com Gaia a assumir papel de charneira entre o Douro, o Atlântico e a malha urbana da Área Metropolitana.

O balanço do passado foi usado como prova de execução possível. A referência a ciclos anteriores — saneamento, frentes ribeirinhas, equipamentos, requalificação escolar — serviu de contraponto à agenda do presente: metas claras, calendários de obra e avaliação pública de resultados. O presidente insistiu numa ideia simples: menos ruído, mais execução.

Com a posse tomada, a expectativa recai agora sobre os primeiros 100 dias. Auditorias lançadas, dossiês da mobilidade em ritmo acelerado, medidas de limpeza urbana e segurança no terreno, programas de habitação com cronograma e financiamento identificados. É este o teste imediato a um mandato que se quer de continuidade com salto qualitativo.