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Biblioteca Municipal reabre mais moderna e com reforço de valências
Notícias e Destaques 16 Set 2022 Biblioteca Municipal reabre mais moderna e com reforço de valências Renovação resultou de um investimento municipal de 1,3 milhões
 
A Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia foi alvo, ao longo do último ano e meio, de uma intervenção de reabilitação que assegurou a sua transformação num equipamento mais moderno, adaptado às exigências de novos tipos de públicos, e também mais sustentável. A requalificação resultou de um investimento municipal de cerca de 1,3 milhões de euros e foi inaugurada a 16 de setembro na presença do ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva.

Com esta empreitada, o Município de Gaia assegurou a recuperação física do espaço, com a adequação e modernização infraestrutural do edifício original. Além disso, a obra incluiu a reorganização funcional interior das diferentes valências, com a melhoria das condições construtivas, térmicas, energéticas e de acessibilidade para todos. 

Neste sentido, foi efetuada a reorganização funcional do piso rés-do-chão, onde se encontra a entrada principal e se estabelece uma relação visual direta com o jardim frontal, o lago e a via pública. Este espaço foi preparado para que possam existir uma maior interatividade geral e pontuais acontecimentos culturais, como dias de inauguração de exposições ou lançamento de livros. Pretende-se que seja assumidamente um piso de maior fruição do público que acede à biblioteca para serviços como consulta, empréstimos, devoluções ou leitura de jornais. Já o piso superior passa a abrigar a consulta de caráter mais formal, ficando essencialmente destinado a espaço de estudo e investigação. Por fim, o piso da cave apresenta abertura direta para o corredor de serviço externo existente entre os equipamentos, e continuará a funcionar como armazém de livros, material documental e didático variado, possuindo algumas salas para reparação de material e especificidades do serviço de biblioteconomia. 

Num reforço da relação espacial do edifício com o exterior, foi projetado um espaço em deck no jardim, como expansão do piso rés-do-chão para o exterior, de forma a também se proporcionar um maior usufruto da biblioteca pública com um caráter lúdico intelectual. Esse espaço agregado à sala multiusos permitirá, ainda, a realização de projetos educativos e culturais ao ar livre, tendo sido acautelados critérios de segurança e acessibilidade. Ainda em termos de acessibilidade para todos, a sinalética foi escolhida e posicionada para leitura braille e foi também introduzido um novo elevador com portas telescópicas. 

A Biblioteca de Gaia é a segunda no país a apresentar percurso tátil para pessoas invisuais e é uma das pioneiras a receber o sistema RFID, para identificação digital de todas as obras (catalogação e identificação digital em todos os livros/material audiovisual).

Para Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da autarquia, "importa olhar para o passado de uma das maiores instituições do nosso concelho, mas, mais do que isso, é de vital importância projetar o futuro, assegurando uma herança e garantindo que as gerações vindouras possam usufruir de um espaço de desenvolvimento e de captação de diferentes públicos”.

A Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia, recorde-se, enquadra-se num quarteirão fortemente centrado na cultura, localizado na freguesia de Mafamude. Tal como aconteceu com o Auditório Municipal, esta requalificação integra o objetivo da autarquia de revitalizar esta zona do concelho.

Biblioteca Pública Municipal de Gaia no tempo

A Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia foi criada em 1933 a partir de um pequeno núcleo de livros, património de uma «Biblioteca Popular», tendo ocupado diversas instalações até à inauguração do atual edifício principal em 1979, então composto por um corpo de três pisos destinado à Biblioteca Municipal com as suas diversas valências e um corpo de um único piso designado como Museu Etnográfico. Construído de raiz pelo Município, o edifício foi projetado pelo Arquiteto Lobato Guimarães em 1972, com uma linguagem arquitetónica modernista.