21h00
Diz-nos o dicionário da Língua Portuguesa que as varinas são vendedeiras de peixe, mas nós sabemos como são muito mais do que isso.
Diz-nos o dicionário da Língua Portuguesa que as varinas são vendedeiras de peixe, mas nós sabemos como são muito mais do que isso.
Elas são a mão calejada que coloca o peixe na canastra, que o exibe à freguesa, que o amanha e limpa e o coloca na saca. A freguesa não se vai embora sem um peixinho a mais, um "minha querida" e uns filetezinhos bem fininhos, para o jantar.
São a voz que chama e apela.
São o sorriso envolvido em rugas de trabalho.
São o olhar sábio de quem antecipa o pedido da freguesa.
São o equilíbrio da cabeça erguida.
São as mãos desafiantes nas ancas.
Assim são as Varinas da Afurada.
No dia 26 de junho, na Escola EB1 de Afurada de Baixo, pelas 21h00, presta-se uma muito merecida homenagem à Varina, com leitura de textos e poemas, e encenação de quadros vivos:
1 - Origens;
2 - Luto;
3 - Cheia de 1909;
4 - Mulheres;
5 - O barqueiro (da Afurada ao gás);
6 - A fábrica de conservas;
7 - A pesca do bacalhau;
8 - Varina;
9 - Criação da paróquia e elevação a freguesia;
10 - A Ponte da Arrábida;
11 - A escola primária;
12 - A escola feminina;
13 - A emigração;
14 - A rusga ao Senhor da Pedra;
15 - Varais e lavadouros;
16 - A lota;
17 - O São Pedro.
Narração dos textos: Olga Dias
Leitura dos poemas: "Varinas" de Soledade Martinho, "Varinas...porque na vida" de Santiago Pinho e "Varinas" de Fernanda de Castro, por David Morais Cardoso.