Política de Cookies

Este site utiliza Cookies. Ao navegar, está a consentir o seu uso. Saiba mais

Compreendi
Agustina Bessa-Luís
Eventos 01 a 30 Nov 2022 Agustina Bessa-Luís Biblioteca Pública Municipal de Gaia
Biblioteca Pública Municipal de Gaia

Escritora portuguesa, Maria Agustina Ferreira Teixeira Bessa-Luís nasceu a 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e morreu a 3 de junho de 2019, no Porto.

Começou a escrever muito cedo, ainda adolescente, mas publicou a sua primeira obra de ficção, a novela Mundo Fechado, apenas em 1948. Nessa altura já estava casada e a viver em Coimbra. A partir de 1950 fixou residência no Porto, onde publicou o seu primeiro romance, os Super-Homens.

Embora sempre ligada à produção literária, exerceu o cargo de Diretora do jornal O Primeiro de janeiro e depois de Diretora do Teatro Nacional D. Maria II. Pertenceu à Academia de Ciências de Lisboa, Classe das Letras, tornou-se membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social, da Academie Européenne des Sciences, des Arts et des Lettres de Paris e da Academia Brasileira de Letras.

As suas obras revelam uma profunda reflexão sobre a condição humana. É o caso do romance A Sibila (1954), que obteve um êxito considerável, tendo sido objeto de sucessivas edições e vários prémios, como o Prémio Delfim Guimarães (1953) e o Prémio Eça de Queirós (1954), que a consagra como nome cimeiro da novelística contemporânea.

Tendo merecido desde as suas primícias o reconhecimento de autores e críticos como José Régio, Óscar Lopes, Eugénio de Andrade, Vitorino Nemésio ou Jorge de Sena, a sua obra viria a ser distinguida com os mais importantes prémios literários nacionais: Prémio Nacional de Novelística, em 1967; Prémio Ricardo Malheiros da Academia das Ciências de Lisboa, em 1966 e em 1977, Prémio PEN Clube e D. Dinis, em 1980, Grande Prémio do Romance e da Novela da Associação Portuguesa de Escritores, em 1984 e Prémio Cidade do Porto.

Publicou ainda, entre muitos outros títulos, O Manto (1966), Canção diante de Uma Porta Fechada (1966), As Fúrias (1977), O Mosteiro (1981), que ganhou o prémio D. Dinis da Casa de Mateus, e Os Meninos de Ouro (1983), que recebeu o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores. O conjunto da sua obra mereceu o Prémio Nacional de Novelística, em 1967, e o Prémio União Latina, em 1997. Vários dos seus romances (entre eles Fanny Owen, de 1979) foram adaptados ao cinema por Manoel de Oliveira.

Em maio de 2002, recebeu pela segunda vez o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores relativo ao ano de 2001, atribuído à obra Joia de Família (2001). Esta sua obra também foi
adaptada ao cinema por Manoel de Oliveira, dando origem ao filme O Princípio da Incerteza. Na sequência da trilogia literária iniciada com esta obra, a autora, em 2002, editou um novo romance, desta vez com o título A Alma dos Ricos.

Agustina Bessa-Luís foi distinguida com o prémio Vergílio Ferreira 2004, atribuído pela Universidade de Évora pela sua carreira como ficcionista, e o Prémio Camões 2004. Nesse mesmo ano, 2004, editou mais uma obra, com o título Antes do Degelo. A 22 de março de 2005 foi distinguida, juntamente com o poeta Eugénio de Andrade, com o doutoramento "Honoris Causa", atribuído pela Universidade do Porto durante a cerimónia do 94.º aniversário da sua fundação.

In Porto Editora – Agustina Bessa-Luís na Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-10-14 10:20:14]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$agustina-bessa-luis





Consulte a bibliografia da autora, existente na Biblioteca Pública Municipal de Vila Nova de Gaia e requisite para empréstimo domiciliário.