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Compreendi

1918
João Neves
Soldado português feito prisioneiro a 9 de abril de 1918
A voz do soldado foi uma entre muitas gravações feitas por uma comissão de cientistas alemães - etnólogos, linguistas, musicólogos - que percorreram 70 campos de prisioneiros, para registarem os modos de falar e de cantar de vários povos estrangeiros, alguns deles de países distantes e algo exóticos para os padrões da época. A oportunidade era única, porque nos campos de prisioneiros controlados pelos alemães se falava mais de 250 línguas e dialectos.
A letra da canção cantada por João Neves está relacionada com a sua situação de prisioneiro de guerra: "As grades desta prisão, Lá de fora metem medo. Que fará quem está cá dentro, A cumprir o seu degredo". O sentido geral do poema prende-se com o queixume pela sua situação. João Neves sobreviveu à guerra, regressou à sua aldeia natal no concelho de Santa Comba Dão e viveu até idade avançada.

1928
Carta das Trincheiras
António Menano, Música e letra de Alfredo Duarte (Marceneiro)
Trata-se de uma canção de carácter nacionalista, em que um homem, depois de um mês de trincheiras em La Lys, escreve para o seu amor, dizendo-lhe todos os sofrimentos por que tem passado, devido à sua ausência, mas incentiva-a a não chorar, pois sente-se muito feliz por defender a paz do Mundo e o nome de Portugal.

1940
Fado da Trincheira

Fernando Farinha
A versão original foi escrita para o filme João Ratão, de 1940, por Félix Bernades e João Bastos com música do Maeestro António Mello que, cantada por Óscar de Lemos, retrata o regresso de um soldado português a casa após ter participado na I Guerra Mundial. O tema renasceu nos anos sessenta, na voz de Fernando Farinha, após o início da guerra colonial em Angola. Nesta gravação, Fernando Farinha interpreta a primeira versão do fado, que tinha sido proibida pela Censura aquando do filme ter sido realizado.